A Secretaria de Saúde (SES-DF) e o Instituto de Gestão Estratégica de Saúde do Distrito Federal (IgesDF) participaram, nesta quarta-feira (20), da 7ª edição da mostra Brasília Mais TI, cujo tema deste ano é “Como humanos e máquinas podem redefinir o futuro juntos?”. O evento, que ocorre no Centro de Convenções Ulysses Guimarães entre os dias 19 e 21 de agosto, reúne especialistas, gestores públicos, startups e pesquisadores para discutir ciência, inovação e tecnologia.
A programação incluiu oficinas gratuitas sobre negócios, vendas, inteligência artificial, empreendedorismo e marketing, além de debates estratégicos com painelistas e palestrantes. O secretário de Saúde do DF, Juracy Lacerda, e o diretor de Atenção à Saúde do IgesDF, Rodolfo Lira, participaram do painel “Medicina do futuro: o que podemos esperar?”, onde refletiram sobre os desafios e avanços na saúde em face das transformações digitais.
“Médico por formação, pude notar como os avanços tecnológicos chegaram rapidamente ao setor privado. No setor público, esse progresso é mais lento, mas essencial para garantir maior eficiência e efetividade, além de aumentar o acesso da população aos serviços, especialmente no Sistema Único de Saúde [SUS]”, afirmou Lacerda.
Entre os principais pontos destacados pelo secretário, está o desafio de integrar diferentes bases de dados da saúde. Segundo ele, a falta de comunicação entre os sistemas dificulta o acompanhamento da trajetória do paciente. “No DF, atendemos pacientes de todo o Brasil. Por isso, buscamos a colaboração de outros estados para criar um banco de dados integrado”, explicou.
Tecnologia na Prática
Representando o IgesDF, Rodolfo Lira apresentou soluções já implementadas pelo Instituto, como o uso de tecnologias na cadeia de suprimentos e no cuidado assistencial, além da teleconsulta nas unidades de pronto atendimento (UPAs), que tem acelerado o atendimento a pacientes com menor gravidade.
Além das discussões sobre medicina, a programação do Brasília Mais TI incluiu painéis sobre cibersegurança, cidades inteligentes, sustentabilidade, pejotização e regulação da inteligência artificial, todos alinhados ao tema central do evento.
“A telemedicina já é uma realidade nas UPAs, com resultados positivos para pacientes classificados com pulseira verde. Nosso objetivo é expandir essa prática para todas as 13 unidades em operação e também para as seis novas que estão sendo construídas”, disse o diretor.
Lira também anunciou investimentos em andamento, como o Command Center, um espaço centralizado para coleta e análise de dados em tempo real, visando decisões rápidas e eficientes, além de um futuro programa de cirurgias robóticas no Hospital de Base (HBDF). “Estamos investindo em tecnologias que não apenas modernizam a gestão hospitalar, mas também trazem economia e resultados diretos para os pacientes”, destacou.
Programação Diversificada
A programação do Brasília Mais TI, além das discussões médicas, incluiu painéis sobre cibersegurança, cidades inteligentes, sustentabilidade, pejotização e regulação da inteligência artificial, sempre conectados ao tema central da mostra.
Carlos Jacobino, presidente do Sindicato das Indústrias da Informação (Sinfor-DF), organizador do evento, ressaltou a importância da presença da SES-DF. “Tecnologia e saúde estão profundamente interligadas. Observamos a aplicação da inteligência artificial em diagnósticos, telemedicina e até em procedimentos cirúrgicos. A participação de gestores da saúde nesses debates demonstra como essas inovações podem beneficiar a população”, afirmou.
A mostra também contará com palestras de especialistas nacionais e internacionais, um torneio de robótica, um hackathon (maratona de desenvolvimento de soluções tecnológicas), uma feira de negócios com estandes de demonstração e o Prêmio Sinfor de TI, que homenageia empresas e profissionais de destaque na área de tecnologia do DF.
Com informações da Secretaria de Saúde (SES-DF) e do IgesDF.