O VII Festival de Curtas das Escolas Públicas de Planaltina se firmou como um dos principais eventos educacionais do Distrito Federal em 2025. Realizado no Cine Brasília nesta terça-feira (4), o festival alcançou um recorde de participação, com 32 filmes inscritos e 525 estudantes envolvidos, evidenciando a força do audiovisual como ferramenta pedagógica.
O grande vencedor da noite foi o curta-metragem “O Que Nos Torna Humanos”, produzido por alunos do Centro de Ensino Fundamental São José.
Histórias que emocionam
Entre os destaques do festival, está o curta “Sombras em Rima”, dirigido por Gabriel de Jesus Monteiro, de 18 anos, estudante do 3º ano do Centro de Ensino Médio 02 de Planaltina. O filme retrata a cultura das batalhas de rima e como a arte mudou a vida do jovem diretor.
“No início, não pensávamos em fazer um curta. Foi o Leandro, nosso orientador, quem sugeriu a ideia. Em casa, decidi abordar algo que amo: a cultura das rimas e das batalhas. O filme ilustra como essa arte transformou minha vida,” conta Gabriel. “A produção foi desafiadora, mas conseguimos reunir amigos dos turnos da manhã e da tarde. Foi uma experiência muito divertida,” acrescenta.
Educação que transforma
Leandro Salustriano Silva de Souza, monitor da rede pública há 14 anos, acompanha o festival desde sua primeira edição e já orientou diversos alunos em duas escolas diferentes. Para ele, o momento mais emocionante é ver os estudantes na sala de cinema. “Quando eles assistem ao filme na tela grande, recebem os aplausos do público e são selecionados entre os finalistas, a emoção é palpável. Já conquistamos vários prêmios ao longo dos anos e, apesar da minha experiência, sempre me emociono. É algo que transforma a vida deles,” afirma Leandro.
A professora e coordenadora de apoio da Coordenação Regional de Ensino (CRE) Planaltina, Débora Samanta Henriques Roquete, que trabalha na rede há dez anos, destaca o impacto do festival na comunidade. “O evento mobiliza toda Planaltina e proporciona protagonismo aos alunos. Eles trazem temas atuais e relevantes de suas próprias vivências, e a cada edição descobrimos novos talentos,” conta.
Débora menciona Ana Lívia, premiada no ano anterior, que agora demonstra interesse em seguir carreira na área cinematográfica. “É gratificante ver que o festival planta sementes para o futuro desses jovens,” reforça.
Planaltina, celeiro de talentos
A secretária de Educação do Distrito Federal, Hélvia Paranaguá, prestigiou o evento e ressaltou a vocação de Brasília para o cinema e as artes. “Brasília é um celeiro de cineastas. Já surgiram daqui excelentes profissionais. Temos a Escola de Música e as escolas-parque, que oferecem teatro, música e cinema aos estudantes,” destaca Hélvia.
Ela também mencionou a tradição cultural de Planaltina, especialmente com a encenação da Paixão de Cristo, que ocorre todos os anos na Semana Santa. “Eles respiram cinema, aspiram arte e teatro. O resultado dos filmes foi excepcional. Vimos produções que nos fazem refletir sobre diversas situações, começando pelo filme premiado, que mostra uma realidade lúdica, do brincar,” enfatiza.
A secretária parabenizou a regional de ensino e todas as escolas participantes. “Trinta e dois filmes na sétima edição do festival — o resultado foi muito positivo. Tenho certeza de que surgirão daqui cineastas, artistas e pessoas engajadas com a cultura do cinema,” conclui Hélvia.
Com informações da Secretaria de Educação.








