A parte um da biografia de Lula relata a infância do presidente até a anulação de suas condenações, em 2021. A obra retrata, por exemplo, atuação no sindicalismo, as greves no ABC Paulista, a fundação do PT e a primeira campanha eleitoral.
Morais comenta que a segunda parte já tem final definido, que é exatamente o momento em que Lula vence as eleições de 2022. “Lula dá um beijo na Janja. Ponto”, revela.
“Eu decidi desde o começo terminar o livro quando terminasse o segundo mandato dele, mas aí veio a crise da Dilma e eu tive o privilégio de assistir à crise inteira do ponto de vista do Lula, porque eu estava grudado nele”, comenta Morais que, desde 2011, acompanha com exclusividade a vida do presidente.
Por conta disso, o escritor comenta que decidiu mudar seu roteiro e estender a biografia de Lula até a eleição de 2022. Mas, segundo ele, o novo final está decidido e não deve ceder à pressão da editora nem de Lula.
Documentário sobre Lula
Durante o Festival de Cannes, Fernando Morais esteve presente na exibição de estreia do documentário Lula, de Oliver Stone. O escritor brasileiro foi um dos consultores do cineasta estadunidense para a produção do longa. No entanto, o filme não é baseado na biografia de Morais.
Ainda sem data para estrear no Brasil, o longa de Stone foi elogiado por Morais, avaliando que o filme “mostra muito de um Brasil que o estrangeiro não está habituado a ver”.
“Acima de tudo, esse filme tem o privilégio de fazer com que a classe média norte-americana saiba o que que aconteceu no Brasil, saiba o que que foi a operação Lava Jato, saiba o que que foi o golpe que derrubou a Dilma Rousseff, saiba que houve uma traição de Michel Temer”.
Fato Novo com informações: Brasil de Fato