Na noite desta quinta-feira (18), o Brasília Game Hub (BGH) se tornou um espaço de celebração e inovação com o lançamento da 10ª edição da Game Jam Plus (GJ+), reconhecida em 2025 como a maior maratona de desenvolvimento de jogos do mundo. O evento reuniu mais de 115 profissionais, incluindo criadores, empresários, representantes do setor e entusiastas, em uma programação que incluiu uma exposição de jogos, oportunidades de networking, uma cerimônia de abertura e um coffee break.
A chegada da iniciativa à capital tem um significado especial: Brasília está se firmando como um polo estratégico no setor de games no Brasil, impulsionada por projetos como o próprio BGH, criado pelo Governo do Distrito Federal (GDF) através da Secretaria de Ciência, Tecnologia e Inovação (Secti-DF). O hub atua em toda a cadeia produtiva de jogos digitais, oferecendo incubadora, aceleradora, hackathons, rodadas de negócios e até uma publisher própria, dedicada a levar criações locais ao mercado global.
Caetano Barroso, superintendente de Administração Geral da Fundação de Apoio à Pesquisa do Distrito Federal (FAPDF), destacou a importância do evento: “Esse é um evento nacional que ganhou reconhecimento internacional. Ele gera negócios, capacitação e impacta todo o ecossistema. A criatividade é imensa, e a FAPDF, em parceria com a Secti e o GDF, está comprometida em oferecer oportunidades desde a base até o topo da pirâmide, incentivando crianças, jovens e adultos.”
Um Movimento Global
Mais do que uma simples competição, a Game Jam Plus representa um movimento internacional que promove a economia criativa. A dinâmica é desafiadora: em 48 horas, as equipes desenvolvem um jogo e apresentam um plano de negócios em formato de pitch. Nas edições anteriores, o evento contou com mais de 14 mil participantes em 50 países, além de ser reconhecido como a game jam oficial da International Game Developers Association (IGDA), a maior associação de desenvolvedores de jogos do mundo.
Ian Rochlin, fundador da GJ+, enfatizou a dimensão educativa do setor: “Os jogos podem ser uma porta de entrada para o mundo da tecnologia. É muito mais fácil para uma criança se entusiasmar com a ideia de desenvolver um jogo que ela goste do que com um software tradicional.”
Os números são impressionantes: na edição anterior, houve 3.316 participantes de 40 países e 513 jogos desenvolvidos. Para este ano, a expectativa é ampliar ainda mais o impacto.
A game designer e produtora Julia Figueiredo Pascual, da empresa indie brasiliense Lobo Guaraná, ressaltou o impacto transformador da Game Jam Plus: “Começamos na Game Jam Plus do ano passado. Tivemos 48 horas para criar o jogo, seguidas de mais dois meses de desenvolvimento. Para mim, foi um ponto de partida. Você vai perdendo o medo de tentar coisas que nunca imaginou ser capaz de fazer. Descobrimos até onde conseguimos ir e superamos nossas expectativas.”
Novas Categorias e Inclusão
A GJ+ 2025/2026 também representa um avanço no reconhecimento da diversidade e inovação, com a adição de novas categorias de premiação. Além dos tradicionais prêmios de melhor jogo e destaques regionais, foram introduzidas modalidades como eduplay (jogos educativos), greenplay (foco em sustentabilidade), campus mode (equipes formadas principalmente por universitários) e diversidade (times com pelo menos 40% de integrantes de grupos minorizados, como mulheres, pessoas LGBTQIAP+ e minorias raciais).
Outras novidades incluem a categoria especial de 10 anos da GJ+, a Wildlife, que oferece premiação em dinheiro e possibilidade de contratação, além dos prêmios Level Up Your Game e Creators.
Referência Nacional
A noite também contou com a presença do influenciador e desenvolvedor Pedro Caxa e de Bernardo Lima Carvalho, representante da Wildlife — uma das dez maiores desenvolvedoras de jogos mobile do mundo.
A programação se estendeu além da cerimônia de abertura — nesta sexta (19), o público participou de workshops gratuitos sobre negócios, narrativa e prototipagem, reforçando o caráter formativo da Game Jam Plus.
Com iniciativas como essa, Brasília reafirma sua vocação para a inovação e criatividade digital. Para a Secti-DF, que lidera a transformação do Distrito Federal em um ecossistema de ciência, tecnologia e inovação, o setor de games não é apenas entretenimento: é um motor de desenvolvimento econômico, geração de empregos e uma porta de entrada para o futuro.
Com informações da Secretaria de Ciência, Tecnologia e Inovação (Secti-DF)

