A Câmara Legislativa aprovou, na sessão ordinária desta terça-feira (25), a nomeação de Nelson Antônio de Souza como diretor-presidente do Banco de Brasília (BRB), com 16 votos a favor e seis contra. Antes, ele foi sabatinado pela Comissão de Economia, Orçamento e Finanças (CEOF). A indicação foi feita pelo governador Ibaneis Rocha.
Durante a sabatina, Nelson Antônio de Souza afirmou que está disposto a cumprir essa “missão com grande responsabilidade, determinação e total calma”. Natural de São Paulo, ele reside no Distrito Federal desde 2003. Possui formação em Letras e Psicologia, além de MBAs em Administração, Marketing e Consultoria Empresarial. Com 45 anos de experiência no setor financeiro, já ocupou diversos cargos de gestão, incluindo as presidências do Banco do Nordeste e da Caixa Econômica Federal. Atualmente, ocupa o cargo de vice-presidente de negócios da Elo, a única bandeira nacional de cartões de crédito. Segundo ele, sua trajetória sempre priorizou o respeito e a valorização das pessoas.
Durante quase três horas, Nelson Souza respondeu às perguntas dos membros da Comissão e assegurou que, se nomeado, manterá uma postura transparente sobre as ações do banco e prestará contas semestralmente aos deputados ou quando necessário. Ele destacou que sempre trabalhou em parceria com órgãos de controle e respeitando as legislações pertinentes. Nelson prometeu retornar à Câmara assim que entender a atual situação do banco e as auditorias relacionadas ao Banco Master, com o objetivo de informar os deputados. “Caso identifique algo que precise ser modificado ou revisado, certamente farei alterações”, afirmou.
Quando questionado sobre possíveis pressões políticas na gestão do banco, Nelson Souza garantiu que sempre agirá dentro da legalidade, “independente de pressões políticas”. “O banco é público e precisa ter transparência em todos os seus atos”, acrescentou.
Ele também mencionou a importância de distinguir a esfera técnica da esfera política. “É fundamental separar uma coisa da outra”, completou.
Os deputados Fábio Felix (Psol), Gabriel Magno (PT), Chico Vigilante (PT), Dayse Amarílio (PSB) e Max Maciel (Psol), que fazem parte da oposição, também questionaram o indicado e criticaram o “uso político e eleitoral do banco”. Eles classificaram as denúncias relacionadas ao Banco Master como um “escândalo sem precedentes no Banco de Brasília”.
Na reunião da CEOF, participaram os deputados Eduardo Pedrosa (União), Jorge Vianna (PSD), Joaquim Roriz Neto (PL), Jaqueline Silva (MDB) e Paula Belmonte (Cidadania).








