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Costurando sonhos: Fábrica Social formou mais de 3,1 mil pessoas desde 2019

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Histórias de superação e recomeço são frequentes na Fábrica Social do Governo do Distrito Federal (GDF), coordenada pela Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Trabalho e Renda (Sedet-DF). Desde 2019, a iniciativa formou mais de 3,1 mil pessoas em situação de vulnerabilidade social, ampliando o acesso a oportunidades reais de inserção no mercado de trabalho. Somente neste ano, 322 alunos já receberam o certificado de conclusão, e uma nova turma será iniciada em breve.

Localizada na Cidade do Automóvel, a Fábrica oferece um curso de costura industrial, dividido em oito módulos, que abrange diversas áreas de uma fábrica, como malharia inicial e avançada, tecido plano, serigrafia, bordado computadorizado, confecção de bolsas, acessórios e bonés. A capacitação tem duração de um ano e ocorre de segunda a sexta-feira, das 8h às 12h ou das 14h às 18h.

“A Fábrica Social é um exemplo inspirador do nosso compromisso com a inclusão produtiva”, afirma Thales Mendes, secretário de Desenvolvimento Econômico, Trabalho e Renda. “Cada certificado concedido aqui representa mais do que uma nova habilidade: simboliza o resgate da autoestima, a abertura de caminhos para a independência financeira e a renovação da esperança para quem mais precisa. Esse impacto humano e econômico faz da Fábrica Social um patrimônio do nosso Distrito Federal.”

A instrutora Elisângela Cedrini, de 49 anos, exemplifica como a formação pode transformar vidas. Após perder o emprego durante a pandemia e enfrentar problemas de saúde, ela começou o curso em 2023. Em pouco tempo, se apaixonou pela costura e começou a planejar um futuro onde a linha e a agulha seriam protagonistas. Hoje, com graduação e pós-graduação em design de moda, ela compartilha seu conhecimento com os alunos no mesmo lugar onde recomeçou.

“O curso mudou completamente minha vida. Eu vinha da área da saúde, estava com 40 e poucos anos e precisei começar do zero. Fiquei um ano e seis meses aqui, primeiro estudando e depois na produção, e voltei a trabalhar,” conta Elisângela. “Tenho alunos que já fazem peças incríveis que me emocionam. É extraordinário ver a transformação, assim como eu passei. Aqui é um lugar onde você pode mudar sua vida e seguir diferentes caminhos, com vários módulos e técnicas que ajudam a pessoa a se identificar.”

Entre os alunos, destaca-se Teresa Régia Araújo, de 42 anos, que, com determinação, conquistou uma nova profissão e melhor qualidade de vida. Mãe atípica de três filhas, ela estava sem renda quando conheceu a Fábrica Social. Após cinco meses de aulas, Teresa, que não sabia nem colocar linha na agulha, já realiza pequenos serviços em seu bairro, no Gama, e traça novos objetivos profissionais.

“Aprendi a costurar roupas, fazer reparos, modelagem do início ao fim e a desenhar também,” diz Teresa, que costurou até as roupas das filhas para as quadrilhas juninas deste ano. “A costura está me trazendo qualidade de vida. Agora posso cuidar das minhas filhas sem precisar me deslocar para longe.”

Quem também não entendia o funcionamento das máquinas de costura e hoje se destaca no assunto é Cléber Vagner Dino, de 56 anos. Após perder o emprego na pandemia, ele enfrentou um período de desânimo, mas a mudança começou ao ingressar na Fábrica Social. “Minha mãe tem uma máquina de costura, mas eu não sabia nada. Aprendi tudo aqui e foi muito desafiador. Passamos uma semana apenas aprendendo a passar a linha para iniciar os pontos,” revela.

Mais do que aprender uma nova profissão, Cléber encontrou motivação e novas perspectivas. Animado com as possibilidades, ele já domina diversas técnicas e se aventura em softwares de modelagem digital, área em que deseja construir sua carreira. “O conhecimento que adquiri aqui abriu novos horizontes para mim. Mudou minha vida, conheci novas pessoas, tudo se transformou. Hoje, olho para qualquer roupa e quero tentar fazê-la,” afirma.

A costureira Vanuza da Silva, de 39 anos, viu na formação uma oportunidade de aprender novas habilidades e agregar valor ao seu trabalho. “Como faço crochê, às vezes preciso forrar as peças. Antes, eu terceirizava esse serviço, agora posso fazer sozinha. Também confecciono bolsas e roupas,” diz a moradora do Recanto das Emas. “É muito gratificante estar aqui fazendo esse curso.”

Mais Informações

O desenvolvimento do conteúdo programático, acompanhamento pedagógico e monitoria/instrutoria é realizado por uma organização da sociedade civil, contratada por meio de um termo de colaboração com a Sedet. O investimento anual gira em torno de R$ 6 milhões, e parte dos materiais produzidos é destinada a ações sociais e ao GDF, como os enxovais utilizados na rede pública de saúde.

A Fábrica dispõe de 470 máquinas de costura industriais, incluindo caseadeiras, galoneiras, overlock e interlock. “Nosso objetivo é gerar oportunidades para aqueles que desejam atuar em uma nova profissão, permitindo que possam produzir até mesmo de suas próprias casas,” ressalta o secretário.

Thales Mendes anunciou que a oferta de qualificação profissional será ampliada nos próximos meses, com a abertura de mais vagas e uma nova unidade da Fábrica Social no Sol Nascente. “Nosso governador Ibaneis Rocha já anunciou que será um espaço com 2,4 mil metros quadrados. Vamos descentralizar parte da produção, nos aproximando mais dos alunos,” afirma, reforçando o compromisso com a expansão da iniciativa.

Para participar, os interessados devem estar inscritos no Cadastro Único (CadÚnico) e ter renda per capita de até R200.OsalunosrecebemumabolsadeR 200. Os alunos recebem uma bolsa de R 304, além de lanche e auxílio-transporte, como forma de incentivo para que não desistam do projeto. Também há um auxílio de produtividade, com um percentual sobre o que produzem após a fase de instrução.

As inscrições são divulgadas no site da Sedet-DF.

Colaborou Karol Ribeiro

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