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Em evento no DF, urologista alerta que detecção precoce é essencial no combate ao câncer de próstata

A detecção precoce continua a ser a abordagem mais eficaz contra o câncer de próstata, que é o tipo de câncer mais comum entre os homens no Brasil. O alerta foi feito por Bruno Pinheiro Silva, chefe do Serviço de Urologia do Hospital de Base e membro da Sociedade Brasileira de Urologia, durante uma palestra realizada nesta quarta-feira (19) pela Comissão Interna de Prevenção de Acidentes e Assédio (Cipa PO700) do Instituto de Gestão Estratégica de Saúde do Distrito Federal (IgesDF).

“O mais importante é fazer a detecção precoce”, afirmou o especialista ao apresentar dados atualizados sobre a doença, incluindo exames de rastreamento, fatores de risco, sintomas e cuidados essenciais para a saúde masculina.

Essa palestra é parte das iniciativas do Novembro Azul. Segundo o urologista, a campanha já está promovendo mudanças significativas no comportamento dos pacientes. “No consultório, percebo um aumento de 20% a 30% na busca por exames anualmente.”

O médico apresentou estatísticas que ressaltam a importância de atenção. Ele mencionou que as estimativas indicam 71.730 novos casos no Brasil entre 2023 e 2025, com cerca de 48 mortes diárias previstas para 2024. Projeções do Inca apontam que o número de diagnósticos pode dobrar até 2040, alcançando cerca de 140 mil anualmente. No que diz respeito à taxa de incidência regional, o Distrito Federal possui a menor taxa do país (28,21 por 100 mil habitantes), enquanto a Bahia tem a maior (79,42 por 100 mil).

A Importância da Detecção Precoce

Identificar a doença em seus estágios iniciais pode assegurar até 90% de chance de cura. O problema, de acordo com o especialista, é que aproximadamente 60% dos tumores ainda são diagnosticados tardiamente no Brasil.

“Nos estágios iniciais, há uma alta probabilidade de cura. No entanto, em estágios avançados, a cura se torna improvável, e o tratamento se torna muito mais agressivo,” explica.

Para rastrear a doença, são necessários dois exames: o PSA (antígeno prostático específico), que é coletado por meio de uma amostra de sangue, e o exame de toque retal. “Antes de realizar a coleta, é importante evitar atividades como andar de bicicleta, montar a cavalo, andar de moto, ter relações sexuais e fazer exercícios físicos intensos,” alerta o urologista.

Fatores de Risco a Serem Considerados

Entre os fatores de risco que merecem atenção está a idade. “A incidência da doença aumenta após os 50 anos; em grupos de risco, pode começar mais cedo, por volta dos 45 anos,” adverte Bruno. Homens negros têm uma maior probabilidade de desenvolver a condição e costumam apresentar tumores mais agressivos.

A história familiar também é um aspecto crucial, pois ter um pai ou irmãos com diagnóstico de câncer de próstata aumenta significativamente as chances de desenvolvimento da doença. Além disso, a obesidade pode acelerar a progressão do câncer para estágios mais avançados, reiterando a importância de cuidados contínuos e acompanhamento médico regular.

O conteúdo impactou colaboradores presentes, como José Eduardo Nascimento, de 35 anos, que assistiu à palestra do seu local de trabalho.

“Participei da palestra da minha estação e prestei atenção em cada detalhe. O que mais me chamou a atenção foi saber que homens negros têm um risco maior. Agora, estou decidido a realizar meus exames e cuidar melhor da minha saúde,” afirma.

Sintomas Aparecem Tardiamente, Tornando os Exames Essenciais

O câncer de próstata é uma doença silenciosa, e, quando os sintomas aparecem, geralmente já está em um estágio avançado. Entre os sinais que podem surgir estão dor ou dificuldade ao urinar, jato urinário fraco ou interrompido, frequência urinária aumentada à noite, presença de sangue na urina ou no sêmen, dor óssea e fraqueza nas pernas. “Por isso, exames regulares são essenciais, mesmo sem sintomas,” reforça.

Embora não exista forma de prevenção que elimine completamente o risco, manter um estilo de vida saudável pode ajudar a diminuir a agressividade da doença. O médico recomenda uma alimentação balanceada, a prática regular de exercício físico, controle de peso e evitar tabaco e álcool.

Ao concluir a palestra, Bruno Pinheiro fez um apelo: “Precisamos romper o tabu sobre o câncer de próstata. Homens, cuidem-se. E mulheres, continuem a nos ajudar nesse cuidado.”

Com informações do Instituto de Gestão Estratégica de Saúde do Distrito Federal (IgesDF).

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