A manhã desta terça-feira (7) marcou o início do 20º Festival Recreativo Especial de Ceilândia (Frec), um dos eventos mais tradicionais da rede pública de ensino do Distrito Federal. Realizado no Sesc Ceilândia Norte, o encontro reuniu centenas de estudantes com deficiência, professores e familiares, celebrando esporte, cultura e lazer.
Organizado pelo Centro de Ensino Especial (CEE) 02 de Ceilândia, o festival surgiu de uma iniciativa dos educadores da unidade e, com o passar dos anos, passou a incluir outras escolas e instituições da região.
Em 2025, o Frec completou 20 edições, contando também com a participação do CEE 01 de Ceilândia, do CEE 01 de Samambaia, do CEE 01 do Guará, do Centro Educacional 07 de Ceilândia, do Centro Educacional (CED) 16 de Ceilândia, do Centro de Ensino Fundamental (CEF) 04 de Ceilândia e da Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais e Deficientes de Taguatinga e Ceilândia (APAED), conveniada à Secretaria de Educação.
O diretor do CEE 02 de Ceilândia, Itamar Assenço, enfatizou a importância da colaboração entre as escolas para criar um evento focado especialmente nos estudantes da educação especial. “Hoje, contamos com oito escolas unidas em prol dos nossos alunos, oferecendo uma atividade cultural e esportiva especial, um momento único que eles aguardam o ano todo,” celebrou.
A subsecretária de Educação Inclusiva e Integral da Secretaria de Educação do Distrito Federal (SEEDF), Vera Barros, elogiou a trajetória e o impacto do Frec na rede pública. “O Frec é uma ação pedagógica que traduz na prática o que a educação inclusiva representa: respeito, convivência e oportunidades para todos. É emocionante ver o envolvimento das escolas e a alegria dos alunos participando desse momento tão significativo,” afirmou Vera.
Quatro dias de integração
O festival seguirá até sexta-feira (10), com uma programação diversificada. As atividades de quarta e quinta-feira (8 e 9) acontecerão no CEE 02 de Ceilândia, e a culminância do evento será no novo Parque Urbano do Setor O, em Ceilândia, com um grande piquenique de confraternização entre estudantes, famílias e servidores.
“Nós idealizamos esse evento para acomodar nossos estudantes, pois não havia atividades adaptadas para eles. Assim, criamos o Frec a partir de uma parceria entre o CEE 1 e o CEE 2 de Ceilândia, e, com o tempo, outras escolas foram se juntando. Hoje, testemunhamos a inclusão acontecendo de verdade,” destacou o diretor Itamar.
A abertura do evento contou com apresentações culturais, atividades esportivas adaptadas e oficinas lúdicas. Com o aumento das atividades e o engajamento crescente das unidades participantes, o evento deste ano alcançou números expressivos. “Se formos falar de maneira direta, temos cerca de dois mil estudantes participando. É uma grande alegria ver como o Frec cresceu e continua proporcionando momentos de convivência, aprendizado e inclusão para todos,” concluiu Itamar.
Educação especial em destaque
A diretora do Centro de Ensino Especial (CEE) 01 de Samambaia, Magna Costa, enfatizou a importância de eventos como o Frec para fortalecer a autoestima e mostrar o potencial de cada estudante. Magna destacou a preparação da escola para a apresentação cultural, inspirada na riqueza da Amazônia. “Nossa escola está trazendo a história do Boi-Bumbá de Parintins, com elementos da cultura brasileira, como a onça-pintada e os personagens tradicionais da festa,” comentou.
Com entusiasmo, a diretora explicou que todos os estudantes participam das atividades, independentemente de suas deficiências ou transtornos. “Temos alunos com Transtorno do Espectro Autista, deficiências múltiplas e deficiência intelectual, e todos estão envolvidos. Alguns saem da coreografia, correm, se expressam de formas diferentes — e é isso que mais valorizamos, porque é o jeito deles. E nós adoramos trabalhar assim,” completou.
Com informações da Secretaria de Educação do Distrito Federal (SEEDF)
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