Lançado em 2020, após mais de dez anos de expectativa desde a aprovação em 2006, o GDF Saúde se estabeleceu como um marco na valorização dos servidores do Distrito Federal. Com quase cinco anos de atuação — que será completada em 28 de outubro —, o plano já atende 104 mil beneficiários por meio de uma rede de 3.320 prestadores credenciados.
“O objetivo é ser um benefício para o servidor. No entanto, ele vai além de um simples benefício; é um investimento na qualidade de vida tanto do servidor quanto de sua família. Esse plano era muito esperado e é considerado um patrimônio dos servidores. Nós, como governo, fazemos um grande esforço para atender essa demanda, e isso é reconhecido”, afirma Rodrigo Ramos Gonçalves, diretor-presidente do Instituto de Assistência à Saúde dos Servidores do Distrito Federal (Inas-DF).
O gestor destaca ainda o aspecto social do plano: “A inclusão de beneficiários impacta positivamente o SUS (Sistema Único de Saúde), pois alivia a pressão sobre a rede pública. Muitos servidores têm a alternativa de atendimento pelo GDF Saúde, o que libera espaço no SUS para outros cidadãos”, complementa. Atualmente, o GDF Saúde ocupa a terceira posição entre os maiores convênios do DF, representando 10% do mercado de planos de saúde, de acordo com dados da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS).
Desde 2020 até julho deste ano, o convênio registrou 2,1 milhões de consultas eletivas e de emergência, 143,4 mil internações de urgência e eletivas, além de 1,68 milhão de sessões de terapias ambulatoriais e hospitalares. Os serviços mais utilizados incluem atendimentos de emergência e acompanhamento clínico.
“Temos uma ampla gama de especialidades disponíveis. Contudo, notamos que muitos utilizam o plano para check-ups anuais e acompanhamento clínico. Mulheres frequentemente realizam exames ginecológicos e de prevenção ao câncer de mama, enquanto homens utilizam bastante para exames de próstata. Também atendemos emergências, pois imprevistos acontecem e precisamos estar prontos para apoiar”, explica Gonçalves.
Atualmente, 60% dos beneficiários são mulheres, com uma média de idade de 47 anos. Desses, 60% são titulares e 40% dependentes. “O plano é muito valorizado pelos servidores. Muitos não teriam outras opções no mercado, considerando os preços e a qualidade da rede”, defende o diretor-presidente. As mensalidades variam de R578aR 578 a R 1.538 para titulares e de R225aR 225 a R 853 para dependentes, dependendo da faixa etária.
A rede credenciada é composta por 2.932 clínicas e centros de especialidades, 317 laboratórios de diagnóstico, 57 hospitais (gerais, especializados, de transição e de dia), 8 serviços de atenção domiciliar, 5 associações médicas e 1 cooperativa médica.
Próximos Passos
Em expansão, o GDF Saúde planeja implementar novas iniciativas para ampliar o atendimento aos beneficiários. A primeira delas é a introdução da telemedicina, viabilizada por um contrato com um prestador especializado. Este serviço oferecerá consultas online em clínica geral e pediatria, proporcionando mais agilidade, comodidade e acesso à assistência médica.
“Estamos em negociações para adicionar a especialidade de psicologia, pois temos uma preocupação com a saúde mental, que é um problema crescente. A telemedicina trará flexibilidade ao atendimento”, destacou o diretor-presidente.
A próxima fase desse crescimento envolve a inclusão do serviço de Atenção Primária à Saúde e a ampliação da atenção domiciliar. A Atenção Primária visa evitar descompensações e agravamentos da saúde, especialmente em pacientes com doenças crônicas, como diabetes e hipertensão. O formato está em desenvolvimento e levantamento de custos.
“A proposta da Atenção Primária é criar uma espécie de porta de entrada e acompanhamento. Não será obrigatória; o beneficiário terá flexibilidade, mas buscamos integrá-los no circuito da Atenção Primária. A ideia é que um médico comunitário acompanhe e direcione o paciente dentro da rede, evitando que ele precise visitar vários consultórios, oferecendo um ponto focal de acompanhamento e histórico”, adianta Rodrigo Ramos Gonçalves.
No que diz respeito à atenção domiciliar, o Inas-DF está trabalhando para expandir o serviço, atendendo à necessidade de continuidade de medicação e curativos. “Essa abordagem proporciona mais qualidade de vida ao beneficiário, permitindo desospitalização ou evitando o deslocamento para um hospital, reduzindo o risco de infecções hospitalares. Assim, os pacientes poderão receber determinados tratamentos em casa, em um ambiente seguro e próximo ao convívio familiar”, complementa o diretor-presidente.
Linha do Tempo
Em março de 2006, foi aprovada a lei que criou o Instituto de Assistência à Saúde dos Servidores do Distrito Federal, responsável pela implantação e gestão do GDF Saúde. Somente em 2019, foi formada a equipe encarregada dos estudos para a implementação do plano, e em outubro, o primeiro plano de negócios foi finalizado.
Em julho de 2020, o Inas assinou um acordo de cooperação técnica com a Secretaria de Economia e o Banco de Brasília (BRB) para fornecimento de sistema operacional de informática e central de atendimento. Em outubro do mesmo ano, o GDF Saúde foi oficialmente lançado em uma cerimônia no Palácio do Buriti, coincidentemente no dia do servidor público, comemorado em 28 de outubro.

