Há cinco meses, Messias Cunha de Sousa, de 19 anos, sofreu um grave acidente de carro em Cuiabá (MT) e temia que nunca mais conseguiria mover o braço e a mão. Sem acesso ao atendimento adequado em sua cidade, ele decidiu buscar ajuda no Distrito Federal, onde tem familiares. No Hospital Regional de Santa Maria (HRSM), ele passou, no último domingo (2), por uma complexa cirurgia de reconstrução dos nervos do plexo braquial, que lhe oferece a chance de recuperar os movimentos.
“Estou muito feliz por ter sido recebido aqui. Os médicos foram incríveis e estou recebendo um ótimo acompanhamento. Sei que levará tempo, mas acredito que terei uma boa recuperação”, compartilhou o jovem, dois dias após a cirurgia.
O plexo braquial é um conjunto de nervos que se origina da medula espinhal, na região do pescoço, e se estende até o braço. Ele é responsável pelos movimentos e sensações do braço, antebraço e mão. Quando é danificado, pode resultar na perda total de mobilidade e sensibilidade no membro.
“O tempo para realizar a cirurgia é crucial, e o ideal é que ela ocorra até seis meses após o trauma. Neste caso, conseguimos intervir dentro do prazo ideal, após cinco meses”, explica Marlos Fernandes, ortopedista especializado em cirurgia da mão e microcirurgia.
O procedimento, realizado por Marlos com o auxílio dos residentes Amanda Tondolo, Airton Lucena e Murilo Olivieri, durou cerca de sete horas e foi considerado um sucesso pela equipe médica. No entanto, a jornada de Messias está apenas começando.
“A alta hospitalar deve ocorrer em cerca de cinco dias, mas esperamos ver os primeiros resultados em seis a oito meses. O paciente continuará com fisioterapia contínua e acompanhamento mensal para avaliarmos a evolução, além de suporte com vitaminas e medicamentos para dor”, detalha o cirurgião.
Esta foi a segunda cirurgia de reconstrução do plexo braquial realizada pelo HRSM. O primeiro procedimento, também decorrente de um acidente automobilístico, ocorreu no ano passado. De acordo com Laércio Scalco, chefe do serviço de ortopedia e traumatologia, “a continuidade dessas intervenções demonstra a capacidade técnica e o compromisso da unidade com o atendimento especializado, proporcionando mais qualidade de vida e esperança a pacientes vítimas de traumas graves”.
Com informações do IgesDF.








