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Mobilidade eletrizante: como a transição para veículos elétricos acontece no Brasil

O Brasil vive um boom de veículos elétricos. Só no primeiro semestre de 2024, foram 79.304 carros vendidos, um aumento de 146% em relação ao mesmo período de 2023, segundo dados da Associação Brasileira do Veículo Elétrico (ABVE). Com isso, chegamos à marca de 300 mil carros eletrificados em circulação no país desde 2012, início da série histórica da ABVE.

Também em junho, a Whoosh, empresa russa de micromobilidade, trouxe patinetes elétricos de volta ao Rio de Janeiro. Após quase um ano de operação em Florianópolis e Porto Alegre, a capital carioca é a primeira de grande porte em um plano de expansão que pretende chegar a 50 mil patinetes até 2026 só no Brasil — um projeto ousado, se considerar que, em 2019, tentativas parecidas não duraram mais que seis meses. “A sociedade já percebeu a eletrificação como um vetor de direcionamento da mobilidade”, aponta o economista Ricardo Bastos, presidente da ABVE.

No mundo, a frota de automóveis elétricos chegou a 40 milhões em 2023, com a maioria deles concentrada na China, Estados Unidos e Europa, de acordo com a Agência Internacional de Energia (IEA, na sigla em inglês). A entidade estima que, em 2024, mais que um a cada cinco carros comercializados sejam elétricos. Mas a eletrificação não para nos veículos de passeio. Um relatório da Bloomberg sobre tendências do setor divulgado em junho apontou que o mundo tem hoje uma frota elétrica com 720.884 ônibus, 1,5 milhão de caminhões e vans, e mais de 300 milhões de veículos levíssimos (bicicletas, patinetes e motos).


“O que move tudo isso é a questão ambiental, pois a direção que todos estão buscando é a descarbonização. E aí não é só carro, é a mobilidade como um todo”, pontua Bastos. No Brasil, um dos maiores sinais disso — além do aumento nas vendas dos veículos elétricos — foi a aprovação do Mobilidade Verde e Inovação (Mover). Sancionado em junho, o programa prevê R$ 19,3 bilhões em investimentos até 2028 para estimular a fabricação de veículos de baixa emissão e pesquisas que desenvolvam novas tecnologias.


Embora preveja o estímulo à eletrificação, o Mover também foca na reciclagem e na valorização dos biocombustíveis, e estabelece uma nova forma de medir os índices de emissões. Antes feita do “tanque à roda”, medindo os gases emitidos pelo sistema de escape, agora ela passa a ser feita “do poço à roda”, contando a pegada de carbono desde a extração do combustível — seja ele gasolina, etanol, diesel, hidrogênio ou eletricidade. “Nossa política não escolhe rotas tecnológicas, e sim o resultado de baixas emissões, apostando fortemente no biocombustível. As fichas no Brasil não estão todas na eletrificação”, explica a professora do Programa de Pós-Graduação em Política Científica e Tecnológica da Universidade de Campinas (Unicamp), Flávia Consoni, coordenadora do curso de extensão em mobilidade elétrica da mesma instituição.

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