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Mulher trans ou travesti: Qual a diferença?

Você já se perguntou qual a diferença entre uma mulher trans e uma travesti?

Uma mulher trans ou uma travesti é uma pessoa que não se identifica com o gênero masculino atribuído a ela quando nasceu. A psicóloga Helena Liesang, que trabalha em um ambulatório especializado em atender pessoas trans, diz que as duas identidades andam juntas.

“As duas são identidades femininas, mas a diferença é que travesti tem uma carga política muito grande, uma identidade essencialmente latino-americana, associada à resistência, a uma questão de marcar quem você é, sem estar pautada na cisgeneridade”, diz Helena Liesegang.

De onde surgiu o termo travesti?

As primeiras travestis surgiram na América Latina e, historicamente, o termo era usado para definir um “homem disfarçado”. O termo acabou sendo popularizado na Itália, na expressão Lui é travestido (ele está disfarçado).

Mais tarde, o termo acabou sendo usado de forma estereotipada para definir mulheres trans. Só recentemente o termo foi ressignificado pela comunidade trans que se apossa da palavra como forma política e de resistência.

A travesti

Sobre as dúvidas, na hora de se referir a uma pessoa travesti, a psicóloga Helena Liesegang esclarece que o correto é “a travesti“.

“É uma identidade feminina e uma palavra feminina. Ao usar ‘o travesti’, você está cometendo uma violência ao não respeitar a identidade dessas pessoas”, diz a psicóloga.

Para a publicitária de Brasília Pétala Corrêa, que é travesti, usar o pronome feminino é uma questão de respeito.

“As pessoas ‘cis’, ao olharem um corpo trans, já entendem que aquela pessoa não é uma norma. O mínimo seria perguntar quais pronomes a pessoa prefere. Isso é um diferencial que gera uma sensação de ser vista e tem uma importância gigantesca. Ao ser respeitada por quem eu sou, sinto que pertenço ao mundo ou espaço que estou ocupando”, diz Pétala.

Pétala conta que lida com o preconceito ao ocupar espaços que antes “não eram para ela”. Segundo a publicitária, “já temos políticas de integração em que nós podemos nos inserir no mercado de trabalho e ocupar espaços que sempre quisemos ocupar, mas que nos foram negados por muito tempo”.

Mas ela chama a atenção para a necessidade de políticas públicas que garantam a inclusão real.

“O acolhimento social não parte apenas dos nossos gêneros, mas também de infraestrutura, educação, etnia, raça, sexualidade, neurodivergência, deficiências e questões de classe e acesso”, afirma a publicitária.

As mulheres trans

A cantora Erys Santos, de Brasília, é uma mulher trans que começou sua transição há 5 anos. Ela diz que ainda é preciso avançar muito no respeito à comunidade trans, mas ser tratada no feminino é acolher sua identidade.

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