Na manhã desta quinta-feira (16), a Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF), por meio da Seção de Investigações Gerais da 6ª DP (SIG/6ª DP – Paranoá), deflagrou a “Operação Identidade Sombria” para cumprir mandados de prisão preventiva e de busca e apreensão contra um conhecido falsificador de documentos, localizado em Águas Lindas de Goiás. O homem, de 56 anos, foi detido em sua residência.
Na casa do investigado, foram apreendidos vários espelhos em branco de CNHs, carteiras de identidade e CPFs, além de equipamentos utilizados para a falsificação de documentos e um HD com diversas matrizes em Corel Draw para criar todo tipo de documento. O falsificador vendia cada documento por aproximadamente R$ 3.000,00 (três mil reais). Um caderno com anotações e listas de pedidos foi também confiscado, permitindo identificar todos os compradores, que serão investigados criminalmente.
As investigações começaram após a prisão em flagrante de um indivíduo que utilizava uma Carteira Nacional de Habilitação (CNH) falsa. A partir desse incidente, a equipe de inteligência da 6ª DP começou a rastrear a origem do documento e conseguiu identificar o fornecedor: um falsário perigoso conhecido como “Carioca”.
O falsificador já enfrentava quatro processos em andamento no estado do Rio de Janeiro e um no Distrito Federal, todos relacionados à prática repetida de falsificação de documentos (art. 298 do Código Penal) e estelionatos, cuja pena varia de dois a seis anos de reclusão. Por estar foragido, seu processo no DF estava suspenso. Ele utilizava documentos falsos para se esconder das autoridades, permanecendo em Águas Lindas para evitar a Justiça do DF.
Com a apreensão de diversos documentos já adulterados, o homem responderá por cada falsificação individualmente, o que pode aumentar significativamente sua pena.
A PCDF alerta que o uso de documentos falsos é um crime autônomo, mesmo que não tenham sido utilizados para aplicar golpes. Cidadãos que compraram ou usaram tais documentos serão identificados e também enfrentarão ações judiciais.
“A falsificação de documentos é uma das engrenagens do crime organizado. É fundamental combater aqueles que lucram com a desconfiança nas instituições públicas,” alerta o Delegado Erick Sallum/6ª DP.