Nesta quarta-feira (2), a Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF), por meio da Delegacia Especial de Repressão aos Crimes por Discriminação Racial, Religiosa ou por Orientação Sexual, ou Contra a Pessoa Idosa ou com Deficiência (DECRIN), finalizou a investigação de um caso de homotransfobia praticado nas redes sociais. O crime envolveu publicações que faziam referência à suposta “cura” de pessoas LGBTQIA+ pela religião e afirmavam que indivíduos dessa comunidade seriam “filhos da ira e da perdição”, entre outras manifestações homotransfóbicas.
O pastor responsável foi indiciado por veicular símbolos ou propaganda nazista e por injúria motivada por raça, cor, etnia ou origem, sendo este último crime apontado em duas ocasiões. As acusações estão previstas nos Art. 20, §2º, e Art. 2º-A da Lei 7.716/89.
De acordo com as investigações, o pastor utilizava discursos de ódio contra a população LGBTQIA+ em palestras e publicações digitais. Ele também atacou a Deputada Erika Hilton, afirmando que “ela não deveria ser incluída no Dia das Mulheres, pois mulher não se torna mulher, mulher nasce mulher”. O inquérito foi concluído e enviado ao Ministério Público do Distrito Federal e dos Territórios. Caso seja condenado por todos os crimes apontados, o indiciado poderá cumprir de 6 a 15 anos de prisão.