Os profissionais da farmácia são essenciais nas equipes multiprofissionais de todas as unidades de saúde administradas pelo Instituto de Gestão Estratégica de Saúde do Distrito Federal (IgesDF), oferecendo qualidade, segurança e acolhimento aos pacientes.
Nesta quinta-feira (25), comemora-se o Dia do Farmacêutico, uma profissão que combina técnica, gestão e sensibilidade nos hospitais de Base (HBDF), Regional de Santa Maria (HRSM), Cidade do Sol (HSol) e nas Unidades de Pronto Atendimento (UPAs).
A atuação dos farmacêuticos se divide em quatro áreas principais: farmácia clínica, farmácia hospitalar, radiofarmácia e laboratório de análises clínicas e bioquímicas, setores que garantem uma assistência segura e integrada aos pacientes.
Histórias que transformam
No HBDF, a farmácia clínica fez a diferença na vida de Raimundo Nonato da Silva, um paciente renal crônico de 59 anos. Ele realiza sessões de hemodiálise três vezes por semana e encontrou no serviço muito mais do que apenas medicamentos.
“O atendimento é excelente. A equipe é muito competente. Agora, consigo dedicar mais tempo à minha cura, sem a preocupação de buscar remédios”, conta Raimundo. Sua esposa, Walberlena, complementa: “Antes, eu precisava ir à farmácia várias vezes por falta de medicamentos, mas agora tudo está tranquilo e nossa vida melhorou bastante”.
Foi nesse ambiente que a farmacêutica Sigritty Suany Silva organizou o ambulatório de hemodiálise. Junto com a equipe multiprofissional, ela orienta sobre o uso correto dos medicamentos, acompanha as terapias e assegura o acesso aos fármacos.
“Cada tratamento deve ser individualizado, assim como nossa assistência. Consideramos os fatores sociais que podem influenciar na farmacoterapia. O paciente precisa entender que o cuidado vai além do medicamento, e nós também”, ressalta.
No HSol, o acompanhamento mantém o mesmo rigor. A chefe do Núcleo Multiprofissional, Camila Frois, afirma que a farmácia clínica está ativamente envolvida nas discussões de casos clínicos e nas reuniões multidisciplinares, com mais de 90% de adesão às intervenções.
Por trás dos bastidores
Na farmácia hospitalar do HBDF, a precisão é fundamental. A chefe do Núcleo de Insumos Farmacêuticos, Sâmara Rafaela Monteiro, destaca que o trabalho vai além da logística. “Contribuímos para reduzir desperdícios e otimizar os recursos financeiros do hospital, fortalecendo a sustentabilidade da instituição”.
Entre os avanços estão a automação e a unitarização dos medicamentos, que tornam a entrega mais segura e eficiente. A automação utiliza equipamentos que controlam a separação, conferência e distribuição dos remédios, minimizando erros e acelerando o atendimento.
A unitarização assegura que cada paciente receba a dose exata em embalagens individuais, evitando desperdícios e falhas na administração. “Garantimos que os medicamentos estejam dentro do prazo de validade, armazenados corretamente e cheguem a tempo aos pacientes”, acrescenta Sâmara.
Santa Maria
No HRSM, pacientes com dor crônica recebem atenção especial no Ambulatório da Dor. A equipe multiprofissional oferece estratégias para aliviar o sofrimento e melhorar a qualidade de vida.
O farmacêutico clínico desempenha um papel crucial nesses casos, especialmente porque muitos pacientes utilizam múltiplos medicamentos, a chamada polifarmácia.
“Nosso papel é analisar cuidadosamente cada prescrição, orientando sobre horários e combinações adequadas. Até uma simples orientação pode fazer a diferença. Por exemplo, quem toma diurético não deve ingerir à noite para não prejudicar o sono”, explica Thales Fernando Teódulo, chefe da farmácia clínica.
Radiofarmácia e laboratório bioquímico
Na radiofarmácia do HBDF, o trabalho é técnico, silencioso e de alta responsabilidade. O chefe do Núcleo de Medicina Nuclear, Marcelo Santos, explica: “Nosso compromisso é garantir o radiofármaco correto, na dose certa, para o paciente adequado”.
No laboratório clínico, a precisão é essencial para diagnósticos confiáveis. A farmacêutica bioquímica Lara Cristina Ferreira Malheiros, chefe do setor, detalha que cada amostra passa por rigorosos controles de qualidade e análises detalhadas.
Em 2024, foram realizados mais de 2,5 milhões de exames, com previsão de 2,7 milhões para 2025. A equipe é composta por farmacêuticos, biomédicos e biólogos, sempre apoiados por tecnologia de ponta.
Presença nas emergências
Nas 13 UPAs do DF, cerca de 80 farmacêuticos garantem que cada remédio chegue ao paciente no momento certo. Para a gerente de insumos farmacêuticos, Jéssica Nobre, “essas conquistas são possíveis graças ao comprometimento dos profissionais, que combinam conhecimento técnico com responsabilidade assistencial”.
Na UPA de Planaltina, a farmacêutica Thais Oliveira ressalta a intensa rotina da equipe. “Nosso dia a dia demanda atenção, empatia e constante atualização, mas a união do time faz a diferença na vida dos pacientes”.
Na Unidade de São Sebastião, João Carlos Sousa Maciel enfatiza o lado humano do trabalho. “Além do atendimento assistencial, estamos próximos dos pacientes, ouvindo suas necessidades e apoiando-os em momentos de fragilidade. Oferecemos, acima de tudo, parceria e acolhimento”, conclui.
Com informações do Instituto de Gestão Estratégica de Saúde do Distrito Federal (IgesDF)
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