-
Home / Brasil / PSOL pede inconstitucionalidade de lei que fragiliza o licenciamento ambiental no ES

PSOL pede inconstitucionalidade de lei que fragiliza o licenciamento ambiental no ES

PSOL pede inconstitucionalidade de lei que fragiliza o licenciamento ambiental no ES

Para o partido, as mudanças no licenciamento estadual não estão previstas na legislação federal e prejudicam o meio ambiente; lei tirou espaço da sociedade civil nos processos

A lei que fragilizou o licenciamento ambiental no Espírito Santo está sendo contestada na Justiça. Aprovada no apagar das luzes do ano passado e publicada no Diário Oficial do estado no dia 27 de dezembro, a Lei Complementar 1073/23 agora é alvo de uma Ação Direta de Inconstitucionalidade protocolada pelo PSOL nesta segunda (15), no Tribunal de Justiça do Espírito Santo (TJES). O partido pede a suspensão imediata de artigos da lei, de autoria do governador Renato Casagrande (PSB), que violam a lei ambiental federal, segundo o site Século Diário.

Um dos itens contestados na ação é a criação do Conselho de Gestão Ambiental do estado. O colegiado, presidido pelo secretário de Meio Ambiente e Recursos Hídricos do estado, conta ainda com representantes da Agência Estadual de Recursos Hídricos (AGERH), do Instituto de Defesa Agropecuária e Florestal (IDAF) e do Instituto Estadual de Meio Ambiente e Recursos Hídricos, com duas cadeiras cada, e 6 membros de livre-nomeação do governador das secretarias de Agricultura, Desenvolvimento e Governo, além de 3 pessoas com “notório saber na área ambiental”.

O conselho passa a ter o poder de alterar ou mesmo revogar normas dos órgãos que o compõem. Ambientalistas alertam ainda que sua implementação retira processos do IEMA e do Conselho Estadual de Meio Ambiente (CONSEMA), prejudicando a participação da sociedade civil nos assuntos ambientais. Os licenciamentos passariam a ser decididos por um time “chapa branca”, como classificou Silvia Sardenberg, integrante da Associação dos Servidores da instituição (Assiema) e secretária-geral do Sindicato dos Trabalhadores e Servidores Públicos do Espírito Santo (Sindipúblicos/ES), ouvida por ((o))eco pouco após a publicação da lei.

Outros pontos contestados, de acordo com o Século Diário, são a retirada de obrigatoriedade da realização de audiências públicas antes da concessão de licenças a empreendimentos de impacto, a dispensa de licenciamento para empreendimentos considerados de “baixo impacto”, a flexibilização de normas para alterações em projetos, a possibilidade de análises por consultores privados ao invés de servidores públicos e de emissão de licenciamentos sem a documentação completa, a alteração de prazos estabelecidos pelo Conselho Nacional de Meio Ambiente (CONAMA) e a possibilidade de acordos sem previsão de recuperação de danos ambientais ou indenização.

Ao pedir a suspensão dos itens contestados de forma cautelar, antes do julgamento do mérito da ação, o PSOL argumentou que “existe a possibilidade de que empreendimentos e atividades com alto potencial de poluição e degradação ambiental sejam licenciados de forma irregular, contrariando o procedimento de licenciamento ambiental estabelecido pelas normas gerais da União e violando o direito fundamental ao meio ambiente equilibrado”. O futuro do licenciamento ambiental no estado agora está nas mãos do tribunal.


Siga nossas redes sociais: Facebook Instagram.


Fato Novo com informações: Eco Jornalismo

Marcado:

Deixe um Comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

LEITORES ONLINE

Estamos online desde 22-05-2025. Somos registrados no CNPJ:60.958.689/0001-93- Razão Social: DF EM CARTAZ LTDA.ENDEREÇO: SHN QD 02 BLOCO F S/N EDIF: EXECUTIVE OFFICE TOW; SALA: 625 E 626;BAIRRO: ASA NORTE BRASILIA DF- Cep: 70702060- NOSSO E-MAIL: dfemcartaz@gmail.com

Termos e condições de uso do site dfemcartaz

Politica de privacidade do site dfemcartaz

Destaque da Semana

CONHEÇA TAMBÉM

Recebe todas as nossas materias gratuitamente em seu whatsapp

Clique no WhatsApp que aparece em sua tela. E receba.